quarta-feira, 22 de abril de 2015

Des Peintures comme des Photographies
Maison Européenne de la Photographie, Paris
Até 14 de junho de 2015
Curadoria Jean-Luc Monterosso e Leonel Kaz

Fachada da Maison Européenne de la Photographie, no Marais, em Paris





Texto de Leonel Kaz na entrada da exposição

Vista da primeira sala 








Corredor e acesso à segunda sala da exposição












Entrada da terceira sala



Vista da terceira e última sala






Ateliê Georg Baselitz nº 1. 2015. Nanquim e óleo sobre papel. 152 x 112 cm


Ateliê Claude Monet nº 1. 2012. Nanquim e óleo sobre papel. 112 x 152 cm


Ateliê Benjamin Johnston nº 1.2015. Nanquim e óleo sobre papel. 112 x 152 cm


Ateliê Paula Rêgo nº 1. 2013. Nanquim e óleo sobre papel. 35 x 44 cm



Ateliê Richard Serra nº 1. 2013. Nanquim e óleo sobre papel. 35 x 44 cm


Ateliê Roy Lichtenstein nº 1. 2012. Nanquim e óleo sobre papel. 35 x 44 cm



Ateliê Anish Kapoor nº 1. 2015. Nanquim e óleo sobre papel. 56 x 76 cm



Ateliê Lucian Freud. 2012. Nanquim e óleo sobre papel. 112 x 152 cm



Ateliê Ad Reinhardt nº 1. 2015. Nanquim e óleo sobre papel. 56 x 76 cm


Ateliê Lygia Clark nº 1. 2014. Nanquim e óleo sobre papel. 56 x 76 cm


Ateliê Andy Warhol nº 2. 2013. Nanquim e óleo sobre papel. 56 x 76 cm



Ateliê Claude Monet nº 2. 2013. Nanquim e óleo sobre papel. 35 x 44 cm



Ateliê Renoir nº 2. 2014. Nanquim e óleo sobre papel. 56 x 76 cm


Ateliê Rodin nº 2. 2012. Nanquim e óleo sobre papel. 56 x 76 cm 

Ateliê Georgia O'Keef nº 1. 2014. Nanquim e óleo sobre papel. 56 x 76 cm


Ateliê Van Dongen nº 1, 2013. Nanquim e óleo sobre papel. 35 x 44 cm 


Ateliê Renoir nº 1. 2013. Nanquim e óleo sobre papel. 35 x 44 cm

Ateliê Irving Penn nº 1. 2015. Nanquim e óleo sobre papel. 56 x 76 cm



"Luiz Mauro é um desses artistas raros que o acaso do Destino o fez nascer em Goiânia, cidade próxima a Brasília. Lá é uma região de savana, com cachoeiras, muitos minerais e a estranha sensação de que a abóboda do céu está mais próxima a nós. 

Luiz Mauro nasceu ali, como poderia ter nascido em Estocolmo ou em Melbourne. Sua pintura não deita raízes em um território determinado. Ela á uma pintura que fala do ato solitário de estar-no-mundo. É uma pintura que, apesar de sua extraterritorialidade, apesar de estar em tempo nenhum, é de uma angustiosa contemporaneidade.


Luiz Mauro é silencioso, de poucas palavras. Sua obra expressa sua personalidade. Uma obra feita de camadas, de superposições de tinta a óleo (começa-se sempre com o óleo diluído sobre o papel de algodão espesso); depois, vem mais uma camada, e outra, e mais outra, no total de quase 30 dias que ficam se depositando sobre o papel, criando uma superfície quase matéria, densa, profunda.

Luiz Mauro deita raízes em si mesmo. É dali que ele extrai o que vê dentro dos ateliers de artistas. É verdade que sua obra baseia-se em fotografias capturadas do mundo. Mas é na aparente escuridão dos ambientes, na luz detalhada  que emana de cada objeto, no trabalho que parece ser fotografia mas não é, que parece ser gravura mas não é, que o artista permite a si mesmo viajar seu extremo virtuosismo e sua emoção no espaço do outro.


O sentimento que fica em quem olha a obra é a de que estas pinturas sobre cartão ressoam palavras ditas, pinceis sujos de tinta, amores ocultados – enfim, tudo o que se passou e ainda passa naqueles ateliers de artista. As imagens pulsam não o passado, suas sombras, mas apenas a imagem do artista que, temporariamente, largou o atelier com a luz acesa e foi, ali perto, tomar um café."
Leonel Kaz

"LUIZ MAURO – ENTRE A ESCURIDÃO E A LUZ
O ateliê é assunto da série de trabalhos que o artista goiano Luiz Mauro tem realizado nos últimos três anos. São obras que representam os locais de produção de obras de arte, ambientes geralmente isolados tidos como mundos particulares onde os artistas gestam, concebem e executam suas criações. Não é o seu próprio ateliê que ele representa, mas sim ateliês de importantes artistas da História da Arte Moderna e Contemporânea, cobrindo um arco de mais de um século sobre a documentação fotográfica dos ateliês de artistas, iniciada no século XIX durante o impressionismo.
O procedimento de trabalho de Luiz Mauro implica em pesquisa, arquivamento e seleção de fotografias de ateliês, publicadas em diferentes veículos de grande difusão como livros, revistas e internet. São imagens cujas autorias geralmente não são mencionadas e que participam do circuito de arte como instrumentos de divulgação e de fetichização dos artistas, alimentando a curiosidade pública sobre a privacidade dos ateliês. Luiz Mauro seleciona fotografias documentais dos espaços arrumados e vivenciados pelos artistas em seus respectivos cotidianos: imagens reveladoras das particularidades da arquitetura como mezanino, janelas, assoalhos;  que fixam as disposições dos mobiliários e imortalizam as posições de objetos pessoais, de alguns instrumentos de trabalho e de modelos dispostos aqui e ali;  que registram  obras em processo ou acumuladas contra a parede ou displicentemente exibidas nos ateliês –  fotografados sem as presenças dos artistas ou de quaisquer outras pessoas. Existem apenas as evidências de pertencimento a August Renoir, Claude Monet, Mark Rothko, Georgia Okeefe, Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Richard Serra, Van Dongen, Cy Twombly, Lucian Freud, Paula Rego, Georg Baselitz e Lygia Clark. Restam somente seus vestígios filtrados pelos olhares dos diferentes fotógrafos.
Na escolha das fotografias Luiz Mauro tem ainda como critério o alto contraste e as manifestações plásticas da luz entre o preto e o branco. A fotografia é imagem fixada pela luz. E é justamente a representação da luz que interessa a Luiz Mauro ao realizar a transposição das imagens fotográficas para outro suporte, com outros meios e com uma linguagem sem lugar que transita entre desenho e pintura.  A maioria das imagens é reproduzida sem auxílio de projeção (somente agora, com o Ateliê de Baselitz (2014), é que o artista passa a usar tal recurso), o que provoca marcas singulares na interpretação formal dada à imagem apropriada: teatralidade marcada pela perspectiva dos enquadramentos, pelo ritmo das linhas que definem os espaços, pelas bordas escurecidas dos planos, pela oposição marcada entre a escuridão e a luz que confere certa propriedade barroca às obras – propriedade esta que não se encontra nas matrizes fotográficas.
Sobre o suporte o artista aplica disciplinadamente inúmeras e sucessivas camadas de tintas de naturezas bastante diversas: primeiro a liquidez do nanquim que estrutura o desenho e define as zonas de luz e sombra, depois a densidade do óleo que satura o preto e marca o gesto do pintor na fatura da obra. Associadas criam gamas de texturas delicadas, vastas nuances de cinza e de preto que se aprofundam na escuridão mais completa. Parece que é sempre noite tamanha a gravidade e a importância que o preto tem nos trabalhos, enfatizando ainda mais o contraponto da luz que surge em meio à escuridão – definindo o espaço – proveniente de fontes diferentes: filtrada por vidraças e janelas, vazada por uma porta aberta ou irradiada de fontes artificiais que não podem ser vistas. Como nas técnicas de nanquim e aquarela a claridade é obtida pela alvura do suporte gradualmente preservada em áreas distintas da representação.
Apesar de Luiz Mauro utilizar uma imagem de segunda geração fundada na fotografia, o resultado de seu processo se revela, ao fim, em nada fotográfico. São visíveis todos os embates com os meios bem como os procedimentos empregados para a constituição das obras. Seu objetivo não é reproduzir literalmente a fotografia e sim utilizá-la como matriz para a construção de uma obra que parte do registro documental para atingir o estado poético repleto de melancolia, e que exibe em si mesma seu modo de fatura cambiante entre desenho e pintura e sua existência autônoma da fotografia. Penetrando nas trevas em busca da luz, Luiz Mauro interioriza e subjetiva as imagens dos ateliês à procura da energia criadora que se manifesta nesses espaços onde, solitariamente, os artistas inventam e/ou refazem as representações de mundo."
Divino Sobral
Setembro de 2014 

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Como Refazer o Mundo 
Galeria Luiz Fernando Landeiro, Salvador (BA) / 2014
Curadoria Divino Sobral

Vista da exposição, com desenho Ateliê Cy Twombly nº 2 em destaque. Em sentido anti-horário:Camila Soato e Almandrade


Ateliê Cy Twombly nº 2. 2014. Nanquim e óleo sobre papel. 112 x 152 cm
Diálogo Desenho
Museu Universitário de Arte, Uberlândia (MG) / 2013
Curadoria Glayson Arcanjo

Vista da exposição com o trabalho O Corpo e o Espírito. 2010/2013. 4 desenhos 10 x 15 cm e objeto: cama em metal e caixa de acrílico 21x37x26 cm 





"Nos desenhos de Luiz Mauro é possível acessar algo de íntimo e subjetivo. Através de suas aguadas sobre o papel observamos desenhos produzidos com materiais tradicionais, como nanquim e óleo sobre papel, criando densas áreas de negro. Nos desenhos é possível perceber a presença de áreas de contraste e a forte relação entre a sombra e a claridade. Elas dão o ar/ambiente/ambiência de seus desenhos, recortam os espaços e situam as figuras construídas pelo artista."
Glayson Arcanjo

quinta-feira, 26 de março de 2015

A Cidade é o Lugar 
MAC-GO - Centro cultural Oscar Niemeyer 2012
Curadoria Divino Sobral 


O Tempo não Descansa. 2011. Fotografia laminada montada sobre PVC 120 x 180 cm

     "A Fotografia de Luiz Mauro registra uma intervenção com cadeiras, pedras e travesseiros sobre o gramado do Bosque dos Buritis. O artista trouxe sua poética intimista para a paisagem do parque que se tornou, então, local para reflexão densa, interiorizada e subjetivada, provocada pelos objetos utilizados como símbolo do descanso, do repouso e da imobilidade. Símbolos que contradizem o ritmo urbano acelerado. A intervenção no parque surge como pausa na balbúrdia da cidade e a luza escurecida da imagem para o drama temporal encenado pelos objetos."
Divino Sobral 

      


Espelho Refletido 
O Surrealismo e a Arte Contemporânea Brasileira
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro - 2012
Curadoria Marcus de Lontra Costa

Vista da exposição com a obra Coleção de Vulvas Metálicas, de Franklin Cassaro, em destaque



     Vista da exposição com a obra Pele de Boneca, de Lia Menna Barreto, ao fundo 


Ateliê Claude Monet nº 1. 2012. Nanquim e óleo sobre papel. 112 x 152 cm 

Ateliê Lucian Freud nº 1. 2012. Nanquim e óleo sobre papel. 112 x 152 cm


Em Nome do Pai. 2012. Berço em metal. 49 x 40 x 27 cm

domingo, 27 de maio de 2012


Centerfolder 
 Referência Galeria de Arte, Brasília
Março / 2012
Curadoria Ralph Gehre


Vista da exposição, no sentido horário: Galeno, Hildebrando de Castro, Arnaldo Battaglinni,  Shirley Paes Lemes e Luiz Mauro

                             
Descanso Perdido. 2012. Cama em metal, espelho e caixa de acrílico. Alt. 17 x comp 34 x larg 19 cm




sábado, 27 de agosto de 2011

I Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste
Prêmio
Centro Cultural da UFG, Goiânia / 2011
Curadoria Carlos Sena





Vista da exposição, em sentido horário: Evandro Padro, Ricardo Teixeira, Luiz Mauro, Enauro de Castro e em primeiro plano os objetos de Hortência Moreira


     Obras de Luiz Mauro e Enauro de Castro



             Espírito do Estúdio nº 5. 2011. Nanquim e óleo sobre papel. 112 x 152 cm

"Vindo das experiências da chamada geração 80, o pintor e desenhista Luiz Mauro tem uma obra sólida e consistente, e sua trajetória foi pontuada por premiações em diversos salões. A obra Estúdio n° 5 é um desenho que une técnicas de nanquim e óleo sobre papel; mostra o interior escuro de um atelier com grandes quadros dependurados na parede, sendo invadido pela intensa luz que atravessa uma porta de vidro. A obra revela clima de melancolia noturna, de solidão e introspecção, traz a dualidade entre a realidade e sonho."
Carlos Sena